segunda-feira, 31 de agosto de 2009

História cap. XII, navegações e descobrimentos.

autoria de cámilla sfînt
História cap. XII, navegações e descobrimentos.
Pensar que navegar pelo oceano atlântico foi o maior dos desafios científicos sociais e econômicos dos europeus pode nos parecer estranho, ou mesmo, absurdos.
As concepções acerca do homem da ciência e da terra eram fundidas predominantemente, no teocentrismo cristão. Por exemplo, para a grande maioria dos homens até o final da idade media a terra era plana de tal maneira que o atlântico ou mar tenebroso como era chamado, para eles terminavam em enormes quedas d‘gua habitadas por monstros em sãs profundezas. Por outro lado, em Portugal e Espanha as circunstâncias definidas pela luta contra os mouros- guerra da reconsuista- permitiriam que as estruturas políticas e administrativas dos estados nacionais se estabelecessem antes na Europa ocidental. Os estados nacionais ibéricos apoiados em uma sociedade que se transformava rapidamente com o crescimento da burguesia coordenavam as chamadas grandes navegações.
Cruzando os mares- o “pioneirismo português”
Portugal deu início à expansão ultramarinas, lançando-se ao mar e conquistar novas terras foi um efeito extraordinário na época, fruto da conjugação de múltiplos fatores como: a localização geográfica ( Portugal não encontrava qualquer obstáculo natural que dificultasse suas empreitadas náuticas) a centralização política, a necessidade de ampliar anhos a partir de novas rotas comerciais, os avanços tecnológicos. A estratégia portuguesa utilizava para chegar ao oriente foi a de circunavegação da áfrica, tomando a cidade de Ceutra. Era o primeiro território alem mar do qual os portugueses se apossavam, marcando o inicio, portanto de sua expansão ultramarina. Os portugueses também fundaram várias feitorias no litoral da áfrica, o navegador Bartolomeu dias atingiu o extremo sul africano, conseguindo cruzar o cabo das tormentas onde os oceanos atlântico e indico se encontra, o grande feito aconteceriam 10 anos depois em 1498, com a chegada do comandante Vasco da gama na índia. A partir daí então, os investimentos portugueses começavam finalmente a dar resultados financeiros compensadores nos quadros da política econômica do mercantilismo.
A chegada à America: um feito espanhol.
Os feitos náuticos portugueses só começaram a ter alguma concorrência ao final do século XV quando a coroa espanhola financiou o projeto do genovês Cristovão Colombo, enguanto Portugal insistia em atingir as índias a partir da circunavegação da áfrica, e dominando a rota até o extremo sul daquele continente os reis espanhóis Fernando e Isabel decidiu financiar o projeto de Colombo para chegar ao oriente navegando na direção oeste. A expedição foi tumultuada inclusive com vários motins, durante os trinta e trem dias que durou a viagem pelo atlântico o comando de Colombo esteve por um fio. Os tripulantes já com a água e a comida racionalizada em péssimas condições de higiene acusavam o comandante de não estar levando as índias, mas, sim a morte. Apesar de não ter chegado ao oriente e ter voltado à Espanha com as naus vazias, em situação bem diferente do que aconteceu com o português Vasco da Gama.
Portugal e Espanha: os donos do mundo.
As praticas mercantilistas buscava garantir elevados lucros das trocas comerciais principalmente por meio de monopólios sobre as rotas comerciais e sobre gêneros comercializados, a concorrência dificultava a manutenção dos preços. Portugal passou a ter grande interesse na formalização de um acordo para evitar concorrência com o país vizinho ou mesmo, dispendiosos conflitos. Fazia com que um acordo também fosse do interesse da coroa espanhola. O papa Alexandre VIU, antes cardeal de Aragão, na Espanha, serviu como mediador do acordo entre os reinos ibéricos. Foi promulgada a bula inter coetera documento assinado pelo sumo pontífice, estabelecendo um linha imaginária a 100 léguas do arquipélago de cabo verde, as terras a leste seriam portuguesas e os espanhóis ficariam com todo o oeste.Portugal sentiu-se prejudicado com a decisão papal, que favorecia a Espanha, e rejeitou a bula, propôs uma nova linha que fosse traçada a 370 léguas a oeste das ilhas de cabo verde, foi à proposta aceita. Assim em sete de julho de 1494 foi assinado o tratado de Tordesilhas que destinou as terras a oeste do meridiano para Espanha e a leste para Portugal. E os dois países ibéricos conseguiram manter suas áreas conquistadas.
A chegada dos portugueses ao Brasil.
Vasco da gama foi ultimo de sua expedição, com destino as índias, a voltar a Lisboa em nove de março de 1500 uma nova expedição foi montada, saiu da praia do restelo em Lisboa rumo às índias, o comando foi entregue a Pedro Álvares Cabral, as naus continuaram rumando as direção sudoeste. Trinta dias depois os tripulantes viram no mar sinais de que estavam próximos de terras. No dia seguinte 22 de abril, avistaram uma região elevada ao sul da Bahia, que denominavam o monte Pascoal. Os portugueses tinham chegado ao Brasil. Ao desembargar os portugueses encontrava-se com os nativos, que andavam nus, pela praia bastante curiosos com os visitantes que chegaram. Duas teses regem o descobrindo a da intencionalidade e da causalidade.
Intencionalidade: o primeiro o fato de D. João II não ter medido esforços para mudar o Tratado de Tordesilhas, entre outros motivos, porque a Coroa Portuguesa obtivera informações de que o espanhol Vicente Yañes Pinzon, Capitão da Caravela “Nina” já tinha percorrido o litoral do Ceará antes de Gouvêa/Cabral, ou seja, ficaram sabendo da existência destas terras. O outro acontecimento que pode comprovar esta tese é o fato de que os Lusitanos já haviam conhecido estas terras tupiniquins, tanto é verdade que o referido “Tratado” teve como uma das testemunhas o Português Duarte Pacheco Pereira, homem que segundo alguns historiadores esteve em 1498 em terras brasileiras.
Causalidade: A esquadra partiu de Portugal no dia 08.03.1500, mas não seguiu exatamente o caminho que Vasco da Gama havia percorrido, pois, em decorrência de tempestades em alto mar ou devido às correntes marítimas afastaram-se da costa da África e, “casualmente”, os navios aproximaram-se de terra a 21 de abril de 1500, avistando um monte muito alto e redondo o qual foi denominado de Monte Pascoal, nome dado devido à proximidade da Páscoa

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